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COLÉGIO MARLY CURY, eternamente em gestação e nascimento, agradece a todos que têm incentivado a nossa ousadia, alimentando os nossos sonhos e permitindo-nos exercitar a coragem de viver por um ideal.

Eu era professora da Rede Estadual de Ensino e, também, dava aulas particulares. Diante de uma procura crescente de alunos para a alfabetização, pedi aos meus tios Antonio e Nadir se eu poderia usar a garagem da casa deles – na Av. Ari Parreiras, 315 – como sala de aula. Fui prontamente atendida – e mais do que isso – acolhida.

Em outubro de 1967, alugamos a casa onde seria iniciada oficialmente a escola. Nos meses de outubro, novembro e dezembro, preparamos a casa, adaptando-a para o funcionamento da mesma.

Desse embrião faziam parte, além de mim e Eliane Costa Lewicki – que hoje divide comigo a direção desta instituição -, Nadir Curi Costa, a tia que dirigiu a escola comigo durante muitos anos e que dela cuidou com a dedicação que se dá a um filho querido, e Antonio Joaquim do Amaral Costa, o tio Antonio, que durante 4 anos esteve à frente desta instituição impregnando-a de coragem, entusiasmo e trabalho, muito trabalho, superado apenas pelo grande orgulho que sentia de ver esta instituição, dia a dia, se firmar com seriedade e equilíbrio.

Neste ano, inicia-se a nossa história, enquanto instituição de ensino. Casa alugada à Rua Mário Vianna nº 329, Santa Rosa, com um contrato de dois anos. Como quase toda história que tem em sua origem a carência de recursos aliada ao desejo, trabalhamos intensamente, construindo, com nossas próprias mãos, o encanto daquele espaço interno de maneira que nosso carinho se tatuasse em cada parede, em cada portal, em cada carteira, em cada pedaço de chão.

A casa comportava cerca de cem jogos de carteiras escolares. Contudo, compusemos o espaço com setenta carteiras, o que era, naquele instante de inauguralidade, uma excelente previsão, caso conseguíssemos completá-las todas. Parecia estar tudo pronto.

No entanto, a alegria estampada em nosso rosto, transformou-se em aflição. Isto porque, em fevereiro de 1968, período de matrícula, as vagas, que eram 100, já estavam esgotadas, faltando, consequentemente, 30 jogos de carteiras. Previmos mal a nossa credibilidade enquanto professoras. Naquela ocasião, já não tínhamos tempo hábil, nem dinheiro para mandar fazer o restante do material para o 1º dia de aula.

Sofríamos, paradoxalmente, o desespero do sucesso. Começávamos já a agir, quando algo tão simples e tão grandioso aconteceu, e não podemos e nem queremos deixar de registrar, neste memorial, tal passagem. O primeiro amigo estendeu-nos a mão e o coração: Marília Mattoso, diretora do já famoso e reconhecido Curso Marília Mattoso. Sabendo, por acaso, que estávamos passando por tal apuro, a professora Marília Mattoso mandou-nos o seguinte recado: “Marly, eu tenho o que a escola está precisando. É só mandar buscar”.

E é claro que, prontamente, aceitamos a ajuda que nos era oferecida, e por dois meses, usufruímos da iluminação deste empréstimo. Há, todavia, um dado nesta história que não pode deixar de ser dito aqui e sempre: Dona Marília não nos conhecia. E nós a conhecíamos somente “de nome”. Um nome conhecido e reconhecido por toda a cidade de Niterói: seu nome e seu trabalho. Fato, aliás, que se consuma até os dias de hoje. Foi assim que, em março de 1968, iniciamos o nosso trabalho, com todas as vagas esgotadas – do pré-escolar ao curso de admissão, até então, existente. Ao final do nosso primeiro ano como instituição, tivemos de entrar em acordo com a proprietária da casa, para que ela nos liberasse do ano que ainda faltava para completar o nosso contrato. Ela compreendeu e nos liberou. Dona Nilza – mais uma amiga que nos abriu o coração. Isto porque a casa já não mais nos comportava.

Alugamos um novo imóvel muito maior do que o primeiro. Depois de outro longo período de procura e de luta, conseguimos uma ampla e arborizada casa, situada na então, Avenida Estácio de Sá, hoje denominada Avenida Roberto Silveira. Neste novo local pudemos ampliar nossas instalações e aprimorar a qualidade do nosso trabalho. Destarte, em março de 1969, iniciamos neste novo endereço e, mais uma vez, com as vagas esgotadas.

Falamos em “luta” e não exageramos. O proprietário deste novo imóvel não queria, em hipótese alguma, alugá-lo a nós, já que era para, ali, funcionar uma escola. Sua fundamentação parecia válida. Dizia ele que, alugando o imóvel para tal finalidade, ele o perderia, já que nunca mais sairíamos de lá. Foi preciso muita “conversa” e argumentos consistentes para convencê-lo. E conseguimos. Demos, então, a nossa palavra de que sairíamos do imóvel tão logo ele precisasse do mesmo. Embora temeroso, nos alugou a casa por dois anos, sem direito à renovação.

Ao final deste tempo, procuramos por ele a fim de tentar renovar o contrato. Tão logo expusemos nosso desejo, ele, prontamente, nos atendeu e disse-nos “aprendi a admirá-las e a confiar em vocês”. Renovamos o contrato por mais dois anos. Findo este tempo – de quatro anos – procuramos pelo proprietário para nos despedirmos. E tivemos a grata surpresa de vê-lo nos acenar com inúmeras propostas para ficarmos no imóvel. Inclusive, fazer um contrato de mais quatro anos corridos. Não aceitamos. Aliás, não podíamos aceitar, pois o nosso problema era espaço maior para novas atividades, visando novamente à melhoria na qualidade do nosso trabalho. Mais uma vez, a casa já não nos comportava.

Alugamos um novo espaço à Rua Mariz e Barros, 34, em Icaraí, local onde hoje funciona a Creche Narizinho. No decorrer do período em que nos instalamos neste novo endereço, compramos um terreno - início de 1975 – , localizado à Av. Sete de Setembro, n. 165, Icaraí. Após um ano da compra do terreno, pago em dez prestações mensais, iniciamos a construção da nossa sede. Lentamente, dentro de nossas possibilidades, mas procurando marcar, nesta nova construção, todo o carinho que sempre nos impulsionou quando o assunto era a escola. A construção levou dois anos.

Quando percebemos que o cronograma da última etapa da construção estava um pouco atrasado, ficamos, mais uma vez, bastante apreensivas, pois não podíamos passar todo o ano seguinte, e, em verdade, nem todo o primeiro semestre no local onde estávamos.

Mais uma vez porque a casa já não nos comportava..

Viajantes maduros aportando em nova terra, novo espaço, novo tempo. Fica pronta a nossa sede própria e para lá nos mudamos neste dia. Foi uma festa. As novas instalações, preparadas especialmente para a escola, possibilitaram-nos, mais uma vez, dar mais alguns passos na melhoria da qualidade de nosso trabalho. Acostumadas que estávamos em desenvolver nosso planejamento em casas adaptadas à escola, sentimo-nos num verdadeiro paraíso quando de nossa mudança para, finalmente, a sede do COLÉGIO MARLY CURY.

Durante um ano, mantivemos ainda o pré escolar na casa antiga e transferimos, somente, o fundamental. Já no segundo ano alojamos todos os alunos na sede. E uma nova etapa começou a ser vivida. Cada pedacinho daquele novo chão nos pertencia e não precisaríamos mais estar à procura de casas que pudessem nos caber. Mas esta tranquilidade não durou muito. Começamos a sentir necessidade de mais espaço, pois, em verdade, agora, éramos nós mesmas que já não nos comportávamos. E começamos a nos preparar para um possível crescimento de espaço, já que o pedagógico se desenvolvia com mais e mais qualidade a cada ano.

Assim, quando a escola completou 15 anos, apareceu a oportunidade que tanto desejávamos: presenteamos os alunos, e a nós mesmas, com a compra do terreno ao lado da escola – Av. Sete de Setembro nº 169. Esta compra foi feita não para aumentar o número de alunos da escola, mas para ampliá-la espacialmente. Desta forma, demolimos a casa e todo o terreno foi direcionado para uso exclusivo de pátio, fazendo crescer, assim, substancialmente, a nossa área livre. Estávamos felizes, pois as crianças teriam mais espaço para as aulas de Educação Física, para os jogos do recreio, etc.. Vivemos assim pelo período de mais dez anos.

Quando a escola festejou seus 25 anos, adquirimos o terreno do lado oposto ao anterior – Av. Sete de Setembro, 161- fundos. Isto porque já não nos comportávamos a nós mesmas. Nossos desejos acendrados de oferecer melhores condições ao nosso alunado fez-nos entrar numa outra empreitada.

Desta vez, não só para espaço de mais um pátio coberto, como para a construção de um outro prédio de quatro andares assim distribuídos:

- o primeiro andar foi dedicado ao nosso pré-escolar – que passou a ter instalações próprias especiais;

- o segundo andar foi destinado às salas de apoio: sala de leitura, sala de informática, salas de coordenação – uma para coordenação de Matemática e Ciências, uma para coordenação de Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Música e Educação Física, uma para coordenação de Estudos Sociais;

- o terceiro andar foi destinado ao auditório – para sessões de cinema, teatro, reuniões, palestras, etc. – e sala de multimídia, onde se instalou a responsável pelo audio-visual;

- o quinto andar foi destinado à construção de uma área de lazer, com churrasqueira e piscina, onde são dadas aulas de Educação Física quando há, no planejamento, a atividade de natação.

Fizemos um prédio, não para abrigar um maior número de alunos, mas para oferecer ainda melhores acomodações, no sentido de implementação de novas atividades e incentivo à melhoria de nossa qualidade de trabalho. Parece que tudo chegou num ponto de aproximação ao ideal. Mas como pela própria insatisfação de que é tomado aquele cujo desejo se sustenta na paixão, o feito, como algo acabado, já não mais nos contentava. E surgida uma outra oportunidade, permitimo-nos dar asas a um sonho que nos acenava há tempos. E o que parecia distante tornou-se bem mais próximo.

Adquirimos um novo espaço!!! Compramos a casa em frente à escola: Avenida Sete de Setembro, 170. E lá começa então a funcionar, em outubro de 2000, o BRINCANDO DE BRINCAR, trazendo as vivências da brinquedoteca, do laboratório de ciências e de informática. Quanta diversão, quanto saber, quantos sorrisos, protegidos pelas árvores, iluminados pelo sol!

No novo espaço – situado à Avenida Sete de Setembro 160, criamos a CASA SOL. As crianças que frequentam este espaço pertencem ao HORÁRIO SOL, ou seja, são aquelas que fazem estudo dirigido e atividades diferenciadas. Este espaço foi um novo raio que trouxe mais brilho e calor ao nosso SOL.

Eis que demolimos, num só dia, a casinha amarela do Brincando de Brincar! Tão bonitinha, tão arrumadinha… Ficamos penalizadas por termos de demoli-la; porém, naquele momento, o que mais contava para nós era o imenso sentimento de orgulho e realização que nos enchia a alma. Afinal, estávamos dando mais um passo, firme e decisivo, ao encontro de mais um sonho realizado.

Estávamos, naquele momento, iniciando a construção de um novo prédio, um espaço exclusivo para os alunos da EDUCAÇÃO INFANTIL.

Quando os primeiros olhinhos brilharam de orgulho e deslumbramento ao apontar para sua fachada, quando os primeiros pezinhos subiram seus degraus e os primeiros rostinhos apareceram sorrindo nas suas janelas, vimos que nosso sol havia dado à luz a mais um capítulo de nossa história.

COLÉGIO MARLY CURY, eternamente em gestação e nascimento, agradece a todos que têm incentivado a nossa ousadia, alimentando os nossos sonhos e permitindo-nos exercitar a coragem de viver por um ideal.

O prédio da Educação Infantil já estava em pleno funcionamento, cheio de vida com as vidas que ali pulsavam, porém, dentro do nosso desejo que não para de desejar, havia um quê de “precisamos de algo mais”… O que seria? Desejo de construir mais salas de aula? Não, não. Estávamos bem servidas com as salas que planejamos. Mas o nosso desejo continuava sinalizando que era preciso algo mais!!! O que faltava? Ah, uma vontade forte e clara de aumentar o pátio de recreação. Só havia um caminho a seguir: adquirir o imóvel ao lado do nosso, alugando ou comprando.

Foram inúmeras as conversas para convencer os proprietários de nos alugarem a casa, já que não queriam vendê-la. Como resposta, sempre ouvimos uma negativa. Negativa extremamente delicada, porém, negativa.

Anos se passaram e nós sempre alimentando este nosso desejo… Até que, num feliz dia do mês de dezembro, 2008, mais precisamente dia 12, os proprietários nos procuraram com uma proposta de aluguel. Era o nosso presente de Natal (aliás, valendo para muitos Natais)!

Agora sim, a nossa conquista no segmento da Educação Infantil estava completa: o pátio com a quadra que tanto sonhamos e no uso da casa: salas de psicomotricidade, aniversário, filmes. Enfim, Papai Noel nos adotou!

Água mole em pedra dura, tanto bate até que… Abre portas para muitas alegrias e realizações.